sexta-feira, 24 de março de 2017

A cólera



                                          
Segundo a ideia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa vontade se compraz, ou que exigiram muita perseverança para serem extirpado. É assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda uma consequência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições...
Indubitavelmente, temperamentos há que se presta mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida à causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando: somente a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe segundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, em quanto no outro caso será expansiva...
O corpo não da cólera aquele que não tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios.
Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar: mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente certas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso... Hahnemann. (Paris, 1863) capítulo IX do Evangelho Segundo o Espiritismo pág.182: Alan Kardec: F. E. B.
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segunda-feira, 6 de março de 2017

Grande ensinamento Homem de pouca fé!



Fez Jesus que seus discípulos tomassem a barca e passassem para a outra margem antes dele, que ficava a despedir o povo. — Depois de o ter despedido, subiu a um monte para orar e, tendo caído a noite, achou-se ele sozinho naquele lugar.
Entrementes, a barca era fortemente açoitada pelas ondas, em meio do mar, por ser contrário o vento.    Mas, na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando por sobre o mar.
Quando eles o viram andando sobre o mar, turvaram-se e diziam:  é um fantasma e se puseram a gritar amedrontados.
Jesus então lhes falou dizendo:  Tranquilizai-vos, sou eu, não tenhais medo.
Pedro lhe respondeu: Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro, caminhando sobre as águas. Disse-lhe Jesus: Vem.
Pedro, descendo da barca, caminhava sobre a água, ao encontro de Jesus.  Mas, vindo um grande vento, ele teve medo; e como começasse a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Logo, Jesus, estendendo-lhe a mão, disse: Homem de pouca fé! Por que duvidaste? — E, tendo subido para a barca, cessou o vento. — Então, os que estavam na barca, aproximando-se dele, o adoraram, dizendo: És verdadeiramente filho de Deus. (S. Mateus,14:22 a 33.)
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