Acontece nesta terça-feira as 20h00 com o expositor Beto Costa
desenvolvendo "Amor e Sabedoria de Emmanuel" com imagem e áudio ao vivo e
interatividade aos que participarem em Estudando Espiritismo (não há
necessidade de instalar nada, basta adicionarem seu nome e ao lado a
cidade, acessando : http://login.meetcheap.com/conference,redeamigoespirita
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
sábado, 11 de janeiro de 2014
BENEFÍCIOS DAS REUNIÕES MEDIÚNICAS ESPÍRITAS
As tarefas desenvolvidas, nas reuniões
mediúnicas espíritas, devidamente estruturadas dentro do método que preceituam
os postulados doutrinários do Espiritismo, facultam benefícios extraordinários
para os planos de vida física e espiritual. No transcorrer do desenvolvimento,
educação da mediunidade e desobsessão dos encarnados, os Benfeitores
Espirituais promovem a profilaxia nos participantes destas atividades, em torno
de doenças enigmáticas na área física e mental, possibilitando o desdobramento
das potencialidades mediúnicas daqueles que lhes são portadores, ao mesmo
tempo, tratando com eficiência dos médiuns atormentados por Espíritos malévolos
ou portadores de auto-obsessão pertinazes com que lhes ensejam liberação,
conduzindo-os ao trabalho da caridade anônima e fraternal. Nestes intercâmbios
salutares, os integrantes dos grupos mediúnicos fruem da oportunidade de
aprendizado junto aos desencarnados, ouvindo-lhes as lições vivas dos seus
depoimentos realísticos sobre as dificuldades encontradas na pátria espiritual,
por haverem desconsiderado os patrimônios que a vida lhes ofereceu.
Simultaneamente, tomam conhecimento das técnicas empregadas pelos Espíritos
infelizes, que exercem perturbação, agridem e prejudicam os seus desafetos que
transitam no corpo – seus algozes impiedosos de existências passadas –
resultando daí, um convite silencioso para todos fazerem uma reavaliação do
comportamento pessoal diante do próprio ingresso na vida futura. Decorrente
desta convivência entre os dois mundos, o dos encarnados e dos desencarnados,
utilizando-se das informações colimadas no desenrolar destes misteres,
conscientizam-se da necessidade de efetuarem modificações graduais, nas suas
personalidades deficientes, ocorrendo, então, o grande fenômeno efeito da
comunicabilidade dos Espíritos, qual seja, o do acordar a consciência dos seres
inteligentes que vivem no corpo ou fora dele, com reflexos favoráveis para o
surgimento de uma humanidade mais feliz. Além disso, as cargas psíquicas,
carreadas por vibrações deletérias dos seres espirituais infelizes provenientes
do entrechoque de paixões absorventes, são diluídas, nessas ocasiões, por
mecanismos especiais; as tensões nocivas em forma de frustração, ansiedade,
ódio, desejo de vingança e medo, diminuem de intensidade, apaziguadas pelo
refrigério do tratamento fluidoterápico feito pelos Espíritos Superiores,
abrindo espaços no mundo íntimo dos participantes para um posicionamento com
melhores perspectivas de um retorno à normalidade e à conquista da paz em
futuro próximo. Especificamente, para os desencarnados, sofredores ou
perturbadores da Erraticidade inferior, essas reuniões funcionam como meio mais
direto de socorro, esclarecimento, tratamento e preparação com vistas a um novo
retorno ao palco da existência física, onde repetirão as experiências malogradas,
aliviando, por sua vez, o peso específico da psicosfera da Terra,
sobrecarregada de fluidos enfermiços e desagregadores, provindos da população
flutuante das zonas umbralinas, tão prejudiciais para a saúde física, quanto
mental e espiritual dos habitantes terrestres. Durante os breves minutos que se
passam na ocorrência do fenômeno de acoplagem mediúnica quando se verifica a
psicofonia, acontece uma verdadeira “reencarnação” a curto prazo, quando o
desencarnado ensaia, prepara-se para uma “incorporação” de longo curso, que é a
reencarnação definitiva, em novo casulo carnal... Especialmente, no tratamento
das doenças mentais, nos casos de perseguições odientas de desencarnados sobre
encarnados, as reuniões mediúnicas espíritas, assumem uma posição de vanguarda
para a cura definitiva desta enfermidade social epidêmica em virtude da larga
incidência do fenômeno denominado, por Allan Kardec, como obsessão. Nesse
particular, as suas atividades, facultadas pela mediunidade consciente e
equilibrada, pela vivência e prática dos ensinamentos evangélicos vêm
oferecendo uma grandiosa e abençoada contribuição, porque conseguem demonstrar
que por detrás das neuroses e psicoses, nos distúrbios da emoção e da mente,
invariavelmente, existe uma problemática de ordem espiritual, seja do próprio
Espírito encarnado – um delinquente, fugitivo de anteriores existências,
trânsfuga das leis divinas, diante de crimes hediondos perpetrados contra os
seus semelhantes – seja daqueles que, no plano espiritual, geram no seu campo
magnético lamentáveis expressões alienadoras que sintonizam por via obsessiva.
Eminentes psiquiatras, psicanalistas e psicólogos em todas as épocas
defrontaram o problema da obsessão. Não obstante o progresso extraordinário
alcançado pelas “ciências do espírito”, em se tratando da influência ou o
império persistente que Espíritos inferiores exercem em determinados
indivíduos, a terapêutica psiquiátrica ainda se torna um tanto ineficaz, para
lograr-se o êxito desejado, ou seja, a cura definitiva. Somente o Espiritismo,
utilizando-se da mediunidade dignificada, nas reuniões especificas, consegue um
percentual de cura expressivo, usando a terapia da catarse, na doutrinação dos
Espíritos atormentados, através de médiuns adestrados, da moralização do
próprio enfermo, como daquele que se encarrega do trabalho de aconselhamento do
atormentado-atormentador. Um dia não muito distante, quando a ciência oficial
abandonar os preconceitos escolásticos e o Espiritismo, como a mediunidade
forem melhor conhecidos e estudados, disporemos de processos mais avançados, na
área da Psiquiatria, para uma penetração em maior profundidade da problemática
das alienações mentais, nas suas diversas e complexas feições, quando serão
feitos em maior escala na atualidade, nos Sanatórios de doentes mentais, as
técnicas desobsessivas, realizadas nas reuniões mediúnicas espíritas,
paralelamente ao tratamento psiquiátrico, proporcionando-se índices jamais
imaginados nas curas definitivas das variadas formas de psicopatias e
alienações mentais. Se tudo isso não bastasse para enaltecer tal ministério de
intercâmbio espiritual, poderíamos ainda contabilizar a favor das reuniões
mediúnicas espíritas, o auxílio fraternal e solidário dado pelos Espíritos
Superiores respondendo a um número sempre crescente de pedidos de orientação
espiritual, ou então páginas e páginas de mensagens edificantes enfeixadas em
livros traduzindo de forma decisiva, o valor inestimável da mediunidade
vitoriosa sob a égide de Jesus Cristo, o Amigo Incomparável de todos nós. (Artigo
da autoria de José C. Ferraz, trabalhador da Mansão do Caminho (Salvador/Bahia)
e Membro do Projeto Manoel Philomeno de Miranda)
Repassando...
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Educação para a Morte
Vou me deitar para dormir. Mas posso morrer durante o
sono. Estou bem, não tenho nenhum motivo especial para pensar na morte neste
momento. Nem para desejá-la. Mas a morte não é uma opção, nem uma possibilidade.
É uma certeza. Quando o Júri de Atenas condenou Sócrates à morte ao invés de
lhe dar um prêmio, sua mulher correu aflita para a prisão, gritando-lhe:
“Sócrates, os juízes te condenaram à morte”. O filósofo respondeu calmamente:
“Eles também já estão condenados”. A mulher insistiu no seu desespero: “Mas é
uma sentença injusta!” E ele perguntou: “Preferias que fosse justa?” A
serenidade de Sócrates era o produto de um processo educacional: a Educação
para a Morte. É curioso notar que em nosso tempo só cuidamos da Educação para a
Vida. Esquecemo-nos de que vivemos para morrer. A morte é o nosso fim
inevitável. No entanto, chegamos geralmente a ela sem o menor preparo. As
religiões nos preparam, bem ou mal, para a outra vida. E depois que morremos
encomendam o nosso cadáver aos deuses, como se ele não fosse precisamente
aquilo que deixamos na Terra ao morrer, o fardo inútil que não serve mais para
nada.
Quem primeiro cuidou da Psicologia da Morte e da Educação
para a Morte, em nosso tempo, foi Allan Kardec. Ele realizou uma pesquisa
psicológica exemplar sobre o fenômeno da morte. Por anos seguidos falou a
respeito com os espíritos de mortos. E, considerando o sono como irmão ou primo
da morte, pesquisou também os espíritos de pessoas vivas durante o sono. Isso
porque, segundo verificara, os que dormem saem do corpo durante o sono. Alguns
saem e não voltam: morrem. Chegou, com antecedência de mais de um século, a
esta conclusão a que as ciências atuais também chegaram, com a mesma tranquilidade
de Sócrates, a conclusão de Victor Hugo: “Morrer não é morrer, mas apenas
mudar-se”.
As religiões podiam ter prestado um grande serviço à
Humanidade se houvessem colocado o problema da morte em termos de naturalidade.
Mas, nascidas da magia e amamentadas pela mitologia, só fizeram complicar as
coisas. A mudança simples de que falou Victor Hugo transformou-se, nas mãos de
clérigos e teólogos, numa passagem dantesca pela selva selvaggia da Divina Comédia. Nas civilizações agrárias e
pastoris, graças ao seu contato permanente com os processos naturais, a morte
era encarada sem complicações. Os rituais suntuosos, os cerimoniais e
sacramentos surgiram com o desenvolvimento da civilização, no deslanche da
imaginação criadora. A mudança revestiu-se de exigências antinaturais,
complicando-se com a burocracia dos passaportes, recomendações, trânsito
sombrio na barca de Caronte, processos de julgamento seguido de condenações tenebrosas
e assim por diante. Logo mais, para satisfazer o desejo de sobrevivência,
surgiu a monstruosa arquitetura da morte, com mausoléus, pirâmides,
mumificações, que permitiam a ilusão do corpo conservado e da permanência
fictícia do morto acima da terra e dos vermes. Morrer já não era morrer, mas
metamorfosear-se, virar múmia nos sarcófagos ou assombração maléfica nos
mistérios da noite. As múmias, pelo menos, tiveram utilidade posterior, como
vemos na História da Medicina, servindo para os efeitos curadores do pó de
múmia. E quando as múmias se acabaram, não se achando nenhuma para remédio,
surgiram os fabricantes de múmias falsas, que supriam a falta do pó milagroso.
Os mortos socorriam os vivos na forma lobateana do pó de pirimpimpim.
Muito antes de Augusto Conte, os médicos haviam descoberto
que os vivos dependiam sempre e cada vez mais da assistência e do governo dos
mortos. De toda essa embrulhada resultou o pavor da morte entre os mortais.
Ainda hoje os antropólogos podem constatar, entre os povos primitivos, a
aceitação natural da morte. Entre as tribos selvagens da África, da Austrália,
da América e das regiões árticas, os velhos são mortos a pauladas ou fogem para
o descampado a fim de serem devorados pelas feras. O lobo ou o urso que devora
o velho e a velha expostos voluntariamente ao sacrifício será depois abatido
pelos jovens caçadores que se alimentam da carne do animal reforçada pelos
elementos vitais dos velhos sacrificados. É um processo generoso de troca no
qual os clãs e as tribos se revigoram.
O pavor maior da morte provém da ideia de solidão e
escuridão. Mas os teólogos acharam que isso era pouco e oficializaram as lendas
remotas do Inferno, do Purgatório e do Limbo, a que não escapam nem mesmo as
crianças mortas sem batismo. De tal maneira se aumentaram os motivos do pavor
da morte, que ela chegou a significar desonra e vergonha. Para os judeus, a
morte se tornou a própria impureza. Os túmulos e os cemitérios foram
considerados impuros. Os cenotáfios, túmulos vazios construídos em honra aos
profetas, mostram bem essa aversão à morte. Como podiam eles aceitar um Messias
que vinha da Galileia dos Gentios, onde o Palácio de Herodes fora construído
sobre terra de cemitérios? Como aceitar esse Messias que morreu na cruz,
vencido pelos romanos impuros, que arrancara Lázaro da sepultura (já cheirando
mal) e o fizera seu companheiro nas lides sagradas do messianismo?
Ainda em nossos dias o respeito aos mortos está envolvido
numa forma velada de repulsa e depreciação. A morte transforma o homem em
cadáver, risca-o do número dos vivos, tira-lhe todas as possibilidades de ação
e, portanto, de significação no meio humano. “O morto está morto”, dizem os
materialistas e o populacho ignaro. O Papa Paulo VI declarou, e a imprensa
mundial divulgou em toda parte, que “existe uma vida após a morte, mas não
sabemos como ela é”. Isso quer dizer que a própria Igreja nada sabe da morte, a
não ser que morremos. A ideia cristã da morte, sustentada e defendida pelas
diversas igrejas, é simplesmente aterradora. Os pecadores ao morrer se veem
diante de um Tribunal Divino que os condena a suplícios eternos. Os santos e os
beatos não escapam às condenações, não obstante a misericórdia de Deus, que não
sabemos como pode ser misericordioso com tanta impiedade. As próprias crianças
inocentes, que não tiveram tempo de pecar, vão para o Limbo misterioso e
sombrio pela simples falta do batismo. Os criminosos broncos, ignorantes e todo
o grosso da espécie humana são atirados nas garras de Satanás, um anjo decaído
que só não encarna o mal porque não deve ter carne. Mas com dinheiro e a
adoração interesseira a Deus essas almas podem ser perdoadas, de maneira que só
para os pobres não há salvação, mas para os ricos o Céu se abre ao impacto dos tedéuns suntuosos, das missas cantadas e
das gordas contribuições para a Igreja. Nunca se viu soberano mais venal e
tribunal mais injusto. A depreciação da morte gerou o desabrido comércio dos
traficantes do perdão e da indulgência divina. O vil dinheiro das roubalheiras
e injustiças terrenas consegue furar a Justiça Divina, de maneira que o desprestígio
dos mortos chega ao máximo da vergonha. A felicidade eterna depende do recheio
dos cofres deixados na Terra.
Diante de tudo isso, o conceito da morte se azinhavra nas
mãos dos cambistas da simonia, esvazia-se na descrença total, transforma-se no
conceito do nada, que Kant definiu como conceito vazio. O morto apodrece
enterrado, perdeu a riqueza da vida, virou pasto de vermes e sua misteriosa
salvação depende das condições financeiras da família terrena. O morto é um
fraco, um falido e um condenado, inteiramente dependente dos vivos na Terra.
O povo não compreende bem todo esse quadro de misérias em
que os teólogos envolveram a morte, mas sente o nojo e o medo da morte,
introjetados em sua consciência pela farsa dos poderes divinos que o ameaçam
desde o berço ao túmulo e ao além-túmulo. Não é de admirar que os pais e as
mães, os parentes dos mortos se apavorem e se desesperem diante do fato
irremissível da morte.
Jesus ensinou e provou que a morte se resolve na Páscoa da ressurreição, que ninguém
morre, que todos temos o corpo espiritual e vivemos no além-túmulo como vivos
mais vivos que os encarnados. Paulo de Tarso proclamou que o corpo espiritual é
o corpo da ressurreição (cap. 12 da primeira Epístola aos Coríntios), mas a
permanente imagem do Cristo crucificado, das procissões absurdas do Senhor
Morto, – heresia clamorosa –, as cerimônias da Via-Sacra e as imagens
aterradoras do Inferno Cristão – mais impiedoso e brutal do que os Infernos do
Paganismo – marcados a fogo na mente humana através de dois milênios, esmagam e envelhecem a alma supersticiosa dos homens.
Não é de admirar que os teólogos atuais, divididos em
várias correntes de sofistas cristãos moderníssimos, estejam hoje proclamando,
com uma alegria leviana de debilóides, a Morte de Deus e o estabelecimento do
Cristianismo Ateu. Para esses novos teólogos, o Cadáver de Deus foi enterrado
pelo Louco de Nietsche, criação fantástica e infeliz do pobre filósofo que morreu
louco.
O clero cristão, tanto católico como protestante, tanto do
Ocidente como do Oriente, perdeu a capacidade de socorrer e consolar os que se
desesperam com a morte de pessoas amadas. Seus instrumentos de consolação
perderam a eficiência antiga, que se apoiava no obscurantismo das populações
permanentemente ameaçadas pela Ira de Deus. A Igreja, Mãe da Sabedoria Infusa,
recebida do Céu como graça especial concedida aos eleitos, confessa que nada
sabe sobre a vida espiritual e só aconselha aos fiéis as práticas antiquadas
das rezas e cerimônias pagas, para que os mortos queridos sejam beneficiados no
outro Mundo ao tinir das moedas terrenas. O Messias espantou a chicote os
animais do Templo que deviam ser comprados para o sacrifício redentor no altar
simoníaco e derrubou as mesas dos cambistas, que trocavam no Templo as moedas
gregas e romanas pelas moedas sagradas dos magnatas dispenseiros da misericórdia
divina. O episódio esclarecedor foi suplantado na mente popular pelo impacto
esmagador das ameaças celestiais contra os descrentes, esses rebeldes demoníacos.
Em vão o Cristo ensinou que as moedas de César só valem na Terra. Há dois mil
anos essas moedas impuras vêm sendo aceitas por Deus para o resgate das almas
condenadas. Quem pode, em sã consciência, acreditar hoje em dia numa Justiça
Divina que funciona com o mesmo combustível da Justiça Terrena? Os sacerdotes
foram treinados a falar com voz empostada, melíflua e fingida, para, à
semelhança da voz das antigas sereias, embalar o povo nas ilusões de um amor
venal e sem piedade. Voz doce e gestos compassivos não conseguem mais, em
nossos dias, do que irritar as pessoas de bom senso. O Cristo Consolador foi
traído pelos agentes da misericórdia divina que desceu ao banco das pechinchas,
no comércio impuro das consolações fáceis. Os homens preferem jogar no lixo as
suas almas, que Deus e o Diabo disputam não se sabe porquê.
Herculano Pires
Educação para a Morte
Repassando...
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