segunda-feira, 25 de julho de 2011

A LEI DO RETORNO


Continuemos a observar. Dissemos que, dada a premissa colocada por nós, o fenômeno tende a concluir-se segundo a direção que lhe foi dada no início. Estudemos agora como prever em unidades de tempo a velocidade com que o fenômeno chega a sua con­clusão na fase dos efeitos. Nem todos os casos são simples, deri­vados de uma conduta exclusivamente positiva ou negativa. O de­curso do fenômeno é tanto mais linear e a solução tanto mais rápi­da e fácil, quanto mais monocromática é a sua composição, isto é, quanto mais decisivamente prevalecer uma das duas caracterís­ticas, seja de positividade ou de negatividade. Um caso construído por um só destes elementos, isto é, com 100% de uma só destas duas qualidades, é de rápida solução. Isso acontece porque então todas as forças em ação são orientadas e dirigidas a uma mesma conclusão, indo a uma única direção, tendendo, portanto toda para o único fim, a ele convergente.
As complicações e os atrasos da conclusão verificam-se quando o caso é composto de qualidades positivas e negativas ao mesmo tempo, porque então elas resultam contrastantes e diver­gentes, em vez de concordantes e convergentes em direção a uma única solução. Nessas condições, o desenvolvimento do fenômeno prolonga-se até quando se estabelece uma prevalência de forças e suas direções em um dado sentido. Assim é necessário esperar que se esgote o impulso das forças do tipo que está em percentagem menor, porque só então o tipo oposto pode se afirmar e vencer, pre­valecendo em uma só direção. Nesse ínterim podem-se conseguir re­sultados temporários, com expectativa ainda não definida, porque foram determinados por impulsos positivos e negativos não deli­neados.
Estes são casos mais complicados, nos quais é mais difícil ver o funcionamento da Lei. Mas comecemos com a descrição de um tipo de caso simples, de modelo monocromático no negativo, com resultado rápido e evidente, pela presença exclusiva de forças de uma dada qualidade, e ausência daquelas de qualidades opos­tas. Em nossas experiências no laboratório da vida pudemos assis­tir à operação cirúrgica da punição por falta de retidão, isto é, à solução de um caso de negatividade.
A operação impressionou-nos pelas seguintes qualidades:
1)      a exatidão com a qual o efeito correspondeu à causa, conser­vando-se do mesmo tipo de forças postas em ação, mas retornando ao emitente em vez de atingir o indivíduo ao qual elas se destina­vam; 2) a exatidão com a qual foi centralizado o escopo, sem atin­gir quem quer que estivesse próximo do alvo; 3) a rapidez do de­senvolvimento e conclusão do fenômeno; 4) a convergência dos im­pulsos em direção àquele resultado final; 5) a massa dos resultados obtidos, em proporção aos mínimos meios usados, isto é, o rendi­mento com eles obtido durante o trabalho realizado.
Perante tal espetáculo tem-se a sensação de ver a face da Lei e não se pode conter, ao fim da experiência, um grito de ma­ravilha, quando se observa o seu perfeito funcionamento. Não se trata de sonhos. Qualquer pessoa pode verificar a existência de um caso semelhante a esse, controlando as suas conclusões. Mas, tudo isso corresponde a uma lógica, que nos autoriza a admiti-la, mes­mo porque, confirmando a nossa tese, existe a visão da unidade fundamental da Lei.
Observemos agora outro caso, que podemos chamar policromático, pelo qual fica diminuída a velocidade do fenômeno, quando chega à sua conclusão. Tratemo-lo com a precisa razão.
1.      Tudo depende das forças existentes no campo em que o caso se desenvolve. Eis o indivíduo que age em sentido negativo para obter vantagem em prejuízo de um terceiro. Isso é contra a Lei. Esta negatividade e o dano correspondente deveriam agora recair sobre o promotor, com isso resolvendo o que é um simples caso de falta de retidão, como o precedente. Mas, ao contrario, esse homem continua sem ser perturbado em sua violação. A sanção de sua culpa permanece suspensa. Por quê? Aqui o caso se complica, porque as forças postas em movimento por ele estão no mesmo campo e combina-se com as forças movidas pelo ofendi­do, o qual se encontra em fase de pagamento de seu débito para com a Lei e, portanto, necessitado de experiência corretiva do seu erro passado.
Eis então que a ação punitiva da Lei contra o opressor por causa do mal praticado, é freada pelo bem que ele faz, tornan­do-se útil ao executar, segundo a Lei, a função de seu instrumento na imposição de uma lição corretiva ao oprimido. Eis aí o impulso positivo em favor do opressor, positivo momentaneamente, porque se interrompe o impulso negativo contra ele, pelo mal que fez. Combinam-se assim dois valores opostos: a injustiça por parte do opressor (negatividade — anti-Lei) e a justiça por parte do opri­mido que paga seu débito (positividade segundo a Lei). É assim que o primeiro, que faz sofrer o segundo, pode continuar a fazer o mal, não obstante seja justo que ele passe dessa posição àquela do próprio pagamento, o  que de fato acontecerá mais tarde.
É assim que, apenas cumprida a função de instrumento punitivo segundo a Lei, o fenômeno chegará também para o opres­sor à fase de pagamento, pela qual também ele o efetuará, sofren­do a lição corretiva que o espera. É natural que, quando a opres­são feita por esse homem tenha purificado e redimido o seu opri­mido de toda a negatividade que o agravava, então o opressor seja abandonado o seu destino porque a sua missão foi cumprida. Naquele momento não há mais razão para que a Lei espere, pas­sando a exigir o seu pagamento. Finda a fácil vitória do mal, cai a ilusão de ter sabido evadir-se, sem prestar contas, às sanções da Lei.
Pode-se assim encontrar muitos casos, mas sempre em fun­ção do mesmo princípio básico que se aplica em posições diversas. Assim é que, uma vez compreendida a técnica de seu funcionamen­to, cada um poderá traçar-lhe o esquema até a sua conclusão final.
É necessário, porém, ter em conta que na realidade não encontramos casos isolados, mas uma concatenação de casos, pelo que os efeitos de um se encravam nas causas de outro, com fios en­trelaçados que afundam suas raízes no passado. Isso porque, em vez de pagar e liquidar o débito procura-se evadir dele, criando-se assim novos débitos. Assim a semeadura de causas negativas não termina nunca e o fardo imenso que pesa sobre a humanidade não se esgota, fardo de dores, tornado seu patrimônio natural e cons­tante.
Como esta técnica podemos conhecer qual será o nosso futuro, observando que forças pusemos em movimento, construindo o nosso destino. É necessário ter compreendido que a natureza dos efeitos é do mesmo tipo das causas que pusemos em movimen­to, como determinante delas.  Estas conservam suas qualidades positivas ou negativas de que foram saturadas ao nascerem. Eis então que, quando as causas que lançamos, visando ao que nos é útil, eram contra a Lei, elas se voltam contra nós em posição invertida, em prejuízo nosso. E quando elas eram segundo a Lei, se vol­tam a nosso favor. Existe essa lei de retorno, em forma negativa, daquilo que lançamos negativamente, e em forma positiva, daquilo que lançamos positivamente. Eis então a que resultados leva o que­rer ser astuto para fraudar a Lei em nossa vantagem.
A Lei é como um espelho. Ela em si mesma é invisível como este, que por si permanece vazio e nele nada se vê senão uma imagem refletida. Mas tão logo nos colocamos frente a ele, eis que nos reflete como somos, restituindo-nos a nossa figura igual ao mo­delo, com as suas qualidades, mas em posição invertida de retorno.
Estejamos atentos, portanto, para cada nossa ação, porque as nossas obras nos seguem e recaem sobre nós. É necessário com­preender que o mundo em substância é regido por um princípio de ordem e que o segredo do verdadeiro sucesso não está em tentar modificá-lo em vantagem nossa, mas em segui-lo, enquadrando-se nele. O caos está somente no exterior, na superfície e, não obstan­te a nossa resistência, ele é sempre corrigido e recolocado na ordem da Lei, que é a força íntima que tudo dirige. Assim, o querer ser forte para impor-se não serve senão para lançar sobre nós a reação da Lei que não admite ser violada.
O fenômeno de retorno tem maturação mais ou menos rápida segundo o seu volume e a simplicidade de sua estrutura. Quando as causas são poucas e lineares e se trata de um só indiví­duo, chega-se logo à conclusão; mas quando se trata de muitas cau­sas conexas e complexas como de nações e de povos, a conclusão é mais laboriosa e lenta.
É necessário compreender que cada defeito é uma disso­nância que se afasta da Lei, é um ponto débil perante ela, é um erro, portanto, a ser corrigido, e que por isso volta-se sobre nós em forma de débito a ser pago. A causa de tudo isso somos nós, por­quanto nos colocamos em posição de desordem dentro da or­dem, assim lançando-nos, em nosso prejuízo, contra ela.  Ora, se não sabemos nos enquadrar, a Lei, em vez de uma casa, se­rá para nós uma prisão. Todavia a Lei é uma casa cômoda para se morar, mas nós não sabemos nos mover dentro dela, porque somos feitos de desordem. O sofrimento que se segue quando nos lançamos contra as paredes serve para ensinar-nos a viver na or­dem e assim transformar o cárcere em uma ótima casa.
O homem invoca a liberdade. Mas qual? A liberdade da desordem, isto é, aquela que o leva a bater contra as paredes da Lei. Buscando tal liberdade, o homem lança as causas de uma autopunição corretiva que terminarão por forçá-lo a enquadrar-se den­tro da ordem. Nas revoluções aflora sempre a escumalha, que mais deseja liberdade, com lutas e destruições Diz-se então que as re­voluções devoram seus filhos. Por quê? Porque este é o efeito que lhes recai em cima, imposto pela causa por eles mesmos posta em movimento, que é do mesmo tipo, pela qual, tendo ele matado, são agora mortos.
Trata-se de uma restituição a eles do mesmo impulso, pos­to em movimento por eles mesmos. Dadas estas leis, não deveriam tremer aqueles jovens que hoje vemos entregar-se aos vícios, ao ócio, aos estupefacientes etc., se compreendessem de que efeitos estão se­meando as causas. É certo que nas revoluções querem-se também os destruidores. Mas que fim os tem? Executada sua função a Lei os destrói e deixa vencer os construtores que lhe servem para avançar. O que é negativo não tem direito à vida e, portanto são logo mortos.
Eis que cada um pode estabelecer uma contabilidade própria de débito e crédito em conta corrente pessoal, posta perante a jus­tiça da Lei. Esses débitos e créditos não são constituídos de valo­res econômicos, mas de valores morais. Estes são superiores e de mais vasta capacidade do que os materiais, que, frente aos outros, encontram-se em posição subordinada. Pode assim ser paupérrimo o mais rico e poderoso homem da Terra que tem débitos a pagar para com a Lei. E ao contrário  Essa contabilidade é a que realmente vale, aquela que está na base da vida, a que decide por esta, porque não permanece limitada no campo dos bens e dinheiro, mas abarca todas as expressões da vida, como saúde, afetos, felicidade ou dores em cada um de seus aspectos. O bem ou mal que recai sobre nós dependem da dose de positividade ou negatividade que colocamos nas contas, com nossos atos.
PENSAMENTOS

Autor: Pietro Ubaldi
Tradução: Vasco de Castro Ferraz


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Acaso...

O orgulho nos faz esconder Deus, pela fraqueza do entendimento, colocando-o como (ACASO), palavra que nada expressa na linguagem dos homens. E que o desmerece esconde os seus próprios valores, porque dependemos da sua iluminada presença e da sua magnânima existência espiritual. Se o (Acaso) não existe, como compará-lo a um ser que existiu sempre e que tem mais existência do que toda criação? Absurdo dos absurdos!
Nada se faz por (ACASO), para tudo existem leis que nos pedem obediência, para que a harmonia se faça, é justo que observes o mundo em que vives não se pode viver sem que tenha leis para obedecer e, ao infrator vem logo a corrigenda, as coisas espirituais obedecem às mesmas regras o plano espiritual é vigilante, operando em todos os sentidos para que estas leis sejam cumpridas, no sentido de estabelecer a paz e o bem estar em todas as direções da vida...
O respeito a Deus deve ser o primeiro ato de cada dia, como que uma oração de agradecimento por tudo que recebemos do seu imensurável amor, e esse ato nos colocará mais próximo da sua ação benfeitora. Cumpre nos esclarecer que Deus está presente em nossa vida e faz o nosso viver, deixando a nossa parte para que a façamos com as nossas próprias forças, porém, não nos façamos surdo ás suas leis, para que não venhamos cair em novas e piores tentações...

 Filosofia Espírita; João N. Maia; pelo espírito Miramez


Falam-nos muitas vezes das leis cegas da natureza. Que significa essa expressão?Leis cegas só poderiam agir ao acaso. O acaso é a ausência de plano de direção inteligente, é a própria negação de toda lei. O acaso não pode produzir a unidade e harmonia, mas unicamente a incoerência e a confusão. Uma lei so pode ser, portanto a manifestação de uma soberana inteligência obra de um pensamento superior. Só o pensamento pôde coordenar, dispor, combinar todas as coisas no Universo. E o pensamento exige assistência de um ser que fosse o seu autor. Léon Denis; Cristianismo e Espiritismo...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

MULTIPLICAÇÃO DE PÃES NA VISÃO ESPÍRITA

Na Gênese de Alan Kardec item; 48 cap. XV Editora I. D. E.
A multiplicação dos pães é um dos milagres que mais tem intrigado os comentaristas, ao mesmo tempo em que entreteve a verve dos incrédulos. Sem se darem ao trabalho de sondarem seu sentido ALEGÓRICO, estes últimos nisso não viram senão um conto pueril, mas a maioria das pessoas sérias viu, neste relato, embora sob uma forma diferente da forma comum, uma parábola comparando o alimento da alma ao alimento do corpo. Pode-se ai ver, entretanto, mais do que uma figura, e admitir, sob certo ponto de vista, a realidade de um fato material, sem para isso recorrer ao prodígio. Sabe-se que uma grande preocupação de espírito, a atenção firme dada a uma coisa, fazem esquecer a fome. Ora, aqueles que seguiam a Jesus eram pessoas ávidas de ouvi-lo, não há, pois, nada de espantoso que, fascinados pela sua palavra e talvez também pela poderosa ação magnética que exercia sobre eles, não hajam sentido a necessidade material de comer.
Jesus, que previa esse resultado, pôde, pois, tranqüilizar seus discípulos dizendo, na linguagem figurada que era habitual, admitindo-se que se haja realmente levado alguns pães, que esses pães bastariam para saciar a multidão. Ao mesmo tempo dava a estes uma lição... Daí vós mesmos de comer, dizia ele, ensinava-lhes, por aí, que poderiam alimentar pela palavra...
Assim ao lado do sentido alegórico-moral, pôde se produzir um efeito fisiológico natural muito comum. O prodígio, neste caso, está no ascendente da palavra de Jesus, bastante poderosa para cativar a atenção de uma multidão imensa, ao ponto de fazê-la esquecer de comer, Essa força moral testemunha a superioridade de Jesus, bem mais do que o fato puramente material da multiplicação dos pães, que deve ser considerado como uma alegoria...
Estas explicações, aliás, se encontra confirmada pelo próprio Jesus nas passagens seguintes... Muita paz a todos (as) principalmente aqueles espíritas que procura na Doutrina a verdade da Codificação...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

KARMA... DESTINO...

Costume vulgar entre os hindus que em (sânscrito) que dizer ação a vigor designa (causa e efeito) e feito de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Os créditos e débitos que em particular nos digam respeito, por isso mesmo não classificando e definindo individualidade, mas também povos e raças estados e instituições. Para melhor entender o (Karma) ou conta do (destino) criado por nós mesmo, convém lembrar que o (Governo da vida) possui a Justiça Perfeita. O Universo possui sábios departamentos para relacionar, conservar, comandar e engrandecer a Vida Cósmica, tudo sob a magnanimidade do mais amplo amor. Assim, pois somos simples usufrutuários da Natureza unidos todos os tesouros do Senhor, como responsabilidade nos nossos atos desde que já possuamos algum discernimento. O Espírito seja onde for encarnado ou desencarnado na Terra ou nos outros Mundos,gasta em verdade o que não lhe pertence,recebendo por empréstimo os recursos de que se vale afetuar a própria sublimação no conhecimento e na virtude. A lei Divina, após conquistamos a coroa da razão de tudo se nos pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não a progresso sem Justiça na aferição de valores, ai vemos os princípios de (causa e efeito) em toda a sua manifestação, por isso o (Karma) ou (Destino) e criado por nós, cada qual a sua maneira, cada alma estabelece para si mesma as circunstância felizes ou infelizes na peregrinação evolutiva...
livros:ação e reação:Andre Luiz:Chico Xavier:Gêneses: Kardec
Causa e efeito
Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e, desde que se admita um (Deus) justo, essa causa também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, isto é há de estar numa existência precedente.Por outro lado,não podendo (Deus) punir pelo bem que fez,nem pelo mal que não fez,se somos punidos,é que fizemos o mal. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica decide de que parte se acha a justiça de (Deus) Jamais deve o homem olvidar que se acha num mundo inferior,ao qual somente as suas imperfeições o conservam preso. A cada vicissitude, cumpre-lhe lembrar-se de que, se pertencesse a um mundo mais adiantado, isso não se daria e que só de si depende não voltar a este, trabalhando por se melhorar...
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPÍRITISMO
ALLAN KARDEC

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Espiritismo pergunta;


Mensagem a seguir, foi extraída do livro "O Espírito da Verdade", ditada por Militão Pacheco, psicografia de Francisco Cândido Xavier, editado pela FEB.
Faz parte do estudo de "O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. I - item 9.

Leia com muita atenção. Recomendo sua leitura e meditação, periodicamente, face os ensinamentos nela contidos.

O ESPIRITISMO PERGUNTA

Meu irmão, não te permitas impressionar apenas com as alterações que convulsionam hoje todas as frentes de trabalhos e descobrimentos na Terra.

Olha para dentro de ti mesmo e mentaliza o futuro.

O teu corpo físico define a atualidade do teu corpo espiritual.

Já viveste, quanto nós mesmos, vidas incontáveis e trazes, no bojo do espírito, as conquistas alcançadas em longo percurso de experiências na ronda dos milênios.

Tua mente já possui, nas criptas da memória, recursos enciclopédicos da cultura de todos os grandes centros do Planeta.

Teu perispírito já se revestiu com porções da matéria de todos os continentes.

Tuas irradiações, através das roupas que te serviram, já marcaram todos os salões da aristocracia e todos os círculos de penúria do plano terrestre.

Tua figura já integrou os quadros do poder e da subalternidade em todas as nações.

Tuas energias genésicas e afetivas já plasmaram corpos na configuração morfológica de todas as raças.

Teus sentidos já foram arrebatados ao torvelinho de todas as diversões.

Tua voz já expressou o bem e mal em todos os idiomas.

Teu coração já pulsou ao ritmo de todas as paixões.

Teus olhos já se deslumbraram diante de todos os espetáculos conhecidos, das trevas do horrível às magnificências do belo.

Teus ouvidos já registraram todos os tipos de sons e linguagens existentes no mundo.

Teus pulmões já respiraram o ar de todos os climas.

Teu paladar já se banqueteou abusivamente nos acepipes de todos os povos... então vamos adquirir mais experiências  com os ensinamentos da  Doutrina neste caminhar com nosso irmão Maior Jesus que a vida Continua...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DEUS NOSSO PAI

Deus nosso pai, vós que sois todo poder e bondade.
Dai a força àquele que passa pela provação.
Dai a luz àquele que procura à verdade.
Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
 
DEUS,
Dai ao viajor a estrela guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
 
PAI,
Dai ao culpado o arrependimento,
ao espírito a verdade,
a criança o guia
ao órfão o pai
 
SENHOR,
que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade senhor para aqueles que não vos conhecem,
A esperança para aqueles que sofrem.
Que a vossa bondade permita aos espíritos consoladores
derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
 
DEUS,
um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a terra.
Deixai-nos beber nas fontes esta bondade fecunda e infinita
e todas as lágrimas secaram, todas as dores acalmar-se-ão.
uma só oração, um só pensamento subirá até vos,
como um grito de reconhecimento e de amor.
 
Como Moisés sobre a montanha
nos lhe esperamos com os braços abertos
Oh bondade!
Oh beleza!
Oh perfeição!
E queremos de alguma sorte alcançar vossa misericórdia.
 
DEUS,
Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vos.
Dai-nos a caridade pura.
Dai-nos a fé e a razão.
Dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas...
um espelho onde se refletirá a vossa santa e misericordiosa imagem.
 
Psicografada na noite de 25 de dezembro de 1873
pela médium Madame W, Krill, num círculo espírita de Bordeaux, França