12. - Todas as religiões houveram de ser em sua
origem relativas ao grau de adiantamento moral e intelectual dos homens: estes,
assaz materializados para compreenderem o mérito das coisas puramente
espirituais, fizeram consistir a maior parte dos deveres religiosos no
cumprimento de fórmulas exteriores. Por muito tempo essas fórmulas lhes
satisfizeram a razão; porém, mais tarde, porque se fizesse a luz em seu
espírito, sentindo o vácuo dessas fórmulas, uma vez que a religião não o
preenchia, abandonaram-na e tornaram-se filósofos.
13.
- Se a religião, apropriada em começo aos
conhecimentos limitados do homem, tivesse acompanhado sempre o movimento
progressivo do espírito humano, não haveria incrédulos, porque está na própria
natureza do homem a necessidade de crer, e ele crerá desde que se lhe dê o
pábulo espiritual de harmonia com as suas necessidades intelectuais. O homem
quer saber donde velo e para onde vai. Mostrando-se lhe um fim que não
corresponde às suas aspirações nem à ideia que ele faz de Deus, tampouco aos dados
positivos que lhe fornece a Ciência; impondo-se lhe, ademais, para atingir o
seu desiderato, condições cuja utilidade sua razão contesta, ele tudo rejeita;
o materialismo e o panteísmo parecem-lhe mais racionais, porque com eles ao
menos se raciocina e se discute, falsamente embora. E há razão, porque antes
raciocinar em falso do que não raciocinar absolutamente. Apresente-se lhe,
porém, um futuro condicionalmente lógico, digno em tudo da grandeza, da justiça
e da infinita bondade de Deus, e ele repudiará o materialismo e o panteísmo,
cujo vácuo sente em seu foro íntimo, e que aceitará à falta de melhor crença. O
Espiritismo dá coisa melhor; eis por que é acolhido pressurosamente por todos
os atormentados da dúvida, os que não encontram nem nas crenças nem nas
filosofias vulgares o que procuram. O Espiritismo tem por si a lógica do
raciocínio e a sanção dos fatos, e é por isso que inutilmente o têm combatido.
14. - Instintivamente tem o homem a crença no
futuro, mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua
imaginação fantasiou os sistemas que originaram a diversidade de crenças. A
Doutrina Espírita sobre o futuro - não sendo uma obra de imaginação mais ou
menos arquitetada engenhosamente, porém o resultado da observação de fatos
materiais que se desdobram hoje à nossa vista - congraçará, como já está
acontecendo, as opiniões divergentes ou flutuantes e trará gradualmente, pela
força das coisas, a unidade de crenças sobre esse ponto, não já baseada em
simples hipótese, mas na certeza. A unificação feita relativamente à sorte
futura das almas será o primeiro ponto de contato dos diversos cultos, um passo
imenso para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde, para a
completa fusão.
A Doutrina Espírita é uma só, cujas bases consistem
nas obras codificadas por Alan Kardec. O Espiritismo é uma doutrina filosófica
que tem consequências religiosas, como toda doutrina espiritualista; por isso
mesmo toca forçosamente ás bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a
alma e a vida futura; mas não é uma (religião constituída), tendo em vista que
não tem nem culto, nem rito, nem templo, e que, entre os seus adeptos, nenhum
tomou ou recebeu o título de sacerdote ou sumo sacerdotes...
O Espiritismo proclama a liberdade de consciência
como um direito natural: reclama-a para os seus como para todo mundo. Respeita
todas as convicções sinceras, e pede para si a reciprocidade.
Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé, o espiritismo (combate o princípio da fé cega) como impondo ao homem a abdicação de seu próprio julgamento; diz que toda fé imposta é sem fundamento, por isso inscreveu Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade...
Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé, o espiritismo (combate o princípio da fé cega) como impondo ao homem a abdicação de seu próprio julgamento; diz que toda fé imposta é sem fundamento, por isso inscreveu Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade...
Nós já ouvimos a palavra
Celestial, abandonando o mal, para, que não suceda coisa pior, em verdade somos
felizes porque nosso objetivo de hoje e a realização do Reino de Deus em nós
com o Cristo, trabalhemos com ele, por ele e para ele, curando nossos males
para sempre... André Luiz... Chico Xavier...
A maior “caridade que podemos fazer pela Doutrina
Espírita é a sua divulgação”:
Emmanuel: Chico Xavier...
Repassando...
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