A forma humana, dizem os invisíveis, é a de todos
os Espíritos encarnados ou desencarnados que vivem no Universo. Essa forma,
porém, rígida e compacta no corpo físico, é flexível, compressível à vontade,
no períspirito. Presta-se, dentro de certos limites, às exigências do Espírito
e lhe permite no Espaço, conforme a extensão do seu poder, tomar as aparências,
reproduzir os hábitos que lhe foram pessoais no passado, com os atributos
próprios que o fazem reconhecer. Observa-se isso muitas vezes nos casos de aparições.
A vontade é criadora; sua ação sobre os fluidos é considerável. O Espírito
adiantado pode submeter à matéria sutil a inúmeras metamorfoses.
*
O períspirito é um foco de energias. A força
magnética, por certos homens projetada em abundância, e que pode, de perto ou
de longe, fazer sentir sua influência, aliviar e curar, é uma de suas
propriedades. Nele tem sua sede a força psíquica indispensável à produção dos
fenômenos espíritas.
O corpo fluídico não é somente um receptáculo de
forças; é também o registro vivo em que se imprimem as imagens e lembranças:
sensações, impressões e fatos, tudo aí se grava e fixa. Quando são muito fracas
as condições de intensidade e duração, as impressões quase não atingem a nossa
consciência; nem por isso deixam de ser registradas no períspirito, em que
permanecem latentes. O mesmo se dá com os fatos relativos às nossas anteriores
existências. Ao ser psíquico, imerso no estado de sonambulismo, desprendido
parcialmente do corpo, é possível aprender-lhes o encadeamento. Assim se
explica o fenômeno da memória.
Léon Denis: Livro: No invisível
Fonte: www.autoresespiritasclassicos.com
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