sábado, 16 de março de 2013

Milagres; Na ótica Espírita




 
 Quantos aos (MILAGRES) propriamente ditos, nada sendo impossível a Deus, sem dúvida ele pode fazer; perg; e os faz? Perg; derroga as leis que estabeleceu? Ao soberano poder alia a soberana sabedoria, de onde é preciso concluir que ele nada faz de inútil, perg; por que, pois faria (MILAGRES) para atestar o seu poder? Perg; que se diria de um sábio mecânico que, para provar a sua habilidade, desarranjasse o relógio que construísse obra prima da ciência, a fim de mostrar que desfaz o que fez? Seu saber, ao contrario, não ressalta mais da regularidade e da precisão do movimento? A questão dos (MILAGRES), propriamente ditos, não é, pois, da alçada do Espiritismo; mas apoiando sobre este raciocínio; que Deus nada faz de inútil emite essa opinião que: OS (MILAGRES) não sendo necessários á glorificação de DEUS, nada no Universo se desvia das leis gerais; Deus não faz (MILAGRES) porque sendo as suas leis perfeitas, não tem necessidade de derrogá-las, se há fatos que não compreendemos, é porque nos faltam ainda os conhecimentos necessários...

A GÊNESE: capítulo XIII; Alan Kardec
OBRAS PÓSTUMAS; ALLAN KARDEC
O caráter essencial do (MILAGRE) no sentido teológico é ser uma exceção nas leis da Natureza, e, por conseguinte inexplicável por essas mesmas leis, desde o instante que um fato pode se explicar, e que se ligue a uma causa conhecida, cessa de ser (MILAGRE), assim é que as descobertas da ciência fizeram entrar no domínio do natural, certos efeitos qualificados de prodígios enquanto a causa ficou ignorada, mais tarde, o conhecimento do princípio espiritual, da ação dos fluidos sobre a economia do mundo invisível no meio do qual vivemos das falcudades da alma, da existência e das propriedades do perispírito, deu a chave dos fenômenos de ordem psíquica, e provou que não são mais do que outros, derrogação ás leis da Natureza.
Se Jesus qualificava, ele mesmo, os seus atos de (MILAGRES) é que nisso, como em muitas outras coisas, devia apropriar a sua linguagem aos conhecimentos de seus contemporâneos, como estes poderiam aprender uma nuança de palavra que não é ainda compreendida por todo mundo, para o vulgo, as coisas extraordinárias que ele fazia, e que pareciam sobrenaturais, naquele tempo e muito mais tarde, eram (MILAGRES) não podia dar outro nome, um fato digno de nota é que deles se serviu para afirmar a missão que tinha de Deus, mas disso jamais se prevaleceu para se atribuir o poder divino. Livro dos Médiuns
Para os que consideram a matéria a única potência da Natureza, tudo o que não pode ser explicado pelas leis da matéria é maravilhoso, ou sobrenatural, por (MILAGRE) segundo se entende um ato do poder Divino, contrário ás leis comuns da Natureza, com efeito, a sua acepção usual e apenas por comparação e por metáfora é ela aplicada ás coisas vulgares que nos surpreendem e cuja causa se desconhece. De nenhuma forma entra em cogitações indagar se Deus há julgado útil, em certas circunstâncias, derrogar as leis que Ele próprio estabelecera; nosso fim é unicamente, demonstrar que os fenômenos espíritas, por mais extraordinários que sejam de maneira alguma derrogam essas leis, que nenhum caráter tem de miraculosos, do mesmo modo que não são maravilhosos ou sobrenaturais...




Alan Kardec; o livro dos Médiuns; cap.;II
É necessário, pois, riscar os (MILAGRES) das provas sobre as quais se pretende fundar a divindade da pessoa do Cristo... O Evangelho Segundo o Espiritismo
12: No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das falcudades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da vontade. Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exaltou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou (MILAGRES) materiais, mostrou, por esses (MILAGRES) mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram (MILAGRES), seguindo o exemplo? Ora, que eram esses (MILAGRES) senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis? O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de (MILAGRES) a fé humana e divina...

Alan Kardec; O Evangelho Segundo o Espiritismo; FEB. Cap.XIX

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