sexta-feira, 31 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
Ensino de Jesus na visão espírita
“Não penseis que eu vim trazer paz sobre
a Terra; eu não vim trazer a paz, mas a espada.”
Jesus foi um maravilhoso ser e um extraordinário revolucionário, pois subverteu a ordem vigente à época, ordem imposta por romanos arrogantes e sacerdotes fanáticos e implantou no mundo a inexcedível revolução do amor! E foi o mesmo Jesus, que assustou o mundo quando disse: “Não penseis que eu vim trazer paz sobre a Terra; eu não vim trazer a paz, mas a espada.” Mas como poderia o príncipe do amor e da paz, falar em desamor, em não paz? Podia e o fez, porque na realidade, Jesus falava da sua mensagem, que por ser nova, iria incomodar gerar perseguições e polêmicas. Mas por que isso iria acontecer?
Por que Jesus ousou contrariar velhos ensinamentos de cabrestos, propôs novos conceitos em suas pregações, inclusive trabalhando nos sábados, o que era proibido pelas leis mosaicas, como vem; afrontou os sacerdotes intocáveis do sinédrio; não imitou; não copiou ninguém e tendo como pilares, sua moral, seu exemplo e seus conhecimentos, ele afrontou o mundo da hipocrisia. Mas Jesus queria ir mais além! Então, para coroar sua maravilhosa obra, teve a ousadia de sepultar o Deus de Moisés que era mau, vingativo, orgulhoso, perverso, etc. e nos mostrou o Deus real, de amor e caridade! Aliás, hoje, como é simples entender que na realidade, Deus não usa o chicote, mas sim o mestre tempo...
Não sabemos quantas verdades, ditas por Jesus ou por outros personagens reais da história jazem prisioneiras em masmorras religiosas, deturpadas ao talante de interesses escusos ou foram carcomidas pelo tempo. Mas temos certeza de que muita coisa ainda virá à tona, haja vista que o próprio Jesus afirmou não ter dito tudo, o que foi posteriormente corroborado por Kardec, porque não foi dada a palavra final, e temos certeza de que os novos conhecimentos vão iluminar cada vez mais os subterrâneos escuros que ocultam algumas verdades capitais, principalmente sobre o maior mestre e o espírito mais puro e iluminado que já esteve na terra: o mestre...
Jesus foi um maravilhoso ser e um extraordinário revolucionário, pois subverteu a ordem vigente à época, ordem imposta por romanos arrogantes e sacerdotes fanáticos e implantou no mundo a inexcedível revolução do amor! E foi o mesmo Jesus, que assustou o mundo quando disse: “Não penseis que eu vim trazer paz sobre a Terra; eu não vim trazer a paz, mas a espada.” Mas como poderia o príncipe do amor e da paz, falar em desamor, em não paz? Podia e o fez, porque na realidade, Jesus falava da sua mensagem, que por ser nova, iria incomodar gerar perseguições e polêmicas. Mas por que isso iria acontecer?
Por que Jesus ousou contrariar velhos ensinamentos de cabrestos, propôs novos conceitos em suas pregações, inclusive trabalhando nos sábados, o que era proibido pelas leis mosaicas, como vem; afrontou os sacerdotes intocáveis do sinédrio; não imitou; não copiou ninguém e tendo como pilares, sua moral, seu exemplo e seus conhecimentos, ele afrontou o mundo da hipocrisia. Mas Jesus queria ir mais além! Então, para coroar sua maravilhosa obra, teve a ousadia de sepultar o Deus de Moisés que era mau, vingativo, orgulhoso, perverso, etc. e nos mostrou o Deus real, de amor e caridade! Aliás, hoje, como é simples entender que na realidade, Deus não usa o chicote, mas sim o mestre tempo...
Não sabemos quantas verdades, ditas por Jesus ou por outros personagens reais da história jazem prisioneiras em masmorras religiosas, deturpadas ao talante de interesses escusos ou foram carcomidas pelo tempo. Mas temos certeza de que muita coisa ainda virá à tona, haja vista que o próprio Jesus afirmou não ter dito tudo, o que foi posteriormente corroborado por Kardec, porque não foi dada a palavra final, e temos certeza de que os novos conhecimentos vão iluminar cada vez mais os subterrâneos escuros que ocultam algumas verdades capitais, principalmente sobre o maior mestre e o espírito mais puro e iluminado que já esteve na terra: o mestre...
A gente gostaria que ficasse bem claro, que o nosso
maior objetivo não é entrar em polêmicas estéreis, mas esclarecer qual é a
posição do Espiritismo sobre assuntos tão importantes e que infelizmente não
têm recebido a atenção que merece por parte dos queridos confrades espíritas...
Mas nós podemos questionar as escrituras? Podemos e devemos, seguindo a Codificação, pois são comuns outras escolas religiosas apontem a nós, os espíritas, como sendo um bando de hereges, exatamente por causa dos questionamentos que sempre fazemos não excluindo nem mesmo a Bíblia, o que, para eles, é a razão maior de nossa heresia, quando, na verdade, estamos justamente querendo que as pessoas tenham mais fé, mas uma fé fortalecida na lógica e na racionalidade e não em dogmas insustentáveis...
Porque só a Doutrina dos Espíritos liberta as consciências...
O que percebemos é que, por tantas coisas absurdas, incoerentes, inconsistentes, contraditórias, lendárias e mitológicas contidas na Bíblia, muitas pessoas têm perdido a sua fé. Querem um exemplo de absurda contradição? No Velho Testamento, Deus é um carrasco que vinga a culpa dos pais nos filhos, conforme está em Isaías 14:21 - Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem e possuam a terra...
Entretanto, como o Deus bíblico é um Deus que muda muito de ideia, em Deuteronômio 24:16 e Crônicas II 25:4 - Ele muda e afirma que o filho não deve ser punido pelos pecados do pai. Todo homem tem a culpa somente de suas próprias transgressões. Agora sim, surgiu o Deus de amor, que nos foi apresentando pelo mestre Jesus... Muita paz no caminhar com o nosso irmão Maior JESUS...
Mas nós podemos questionar as escrituras? Podemos e devemos, seguindo a Codificação, pois são comuns outras escolas religiosas apontem a nós, os espíritas, como sendo um bando de hereges, exatamente por causa dos questionamentos que sempre fazemos não excluindo nem mesmo a Bíblia, o que, para eles, é a razão maior de nossa heresia, quando, na verdade, estamos justamente querendo que as pessoas tenham mais fé, mas uma fé fortalecida na lógica e na racionalidade e não em dogmas insustentáveis...
Porque só a Doutrina dos Espíritos liberta as consciências...
O que percebemos é que, por tantas coisas absurdas, incoerentes, inconsistentes, contraditórias, lendárias e mitológicas contidas na Bíblia, muitas pessoas têm perdido a sua fé. Querem um exemplo de absurda contradição? No Velho Testamento, Deus é um carrasco que vinga a culpa dos pais nos filhos, conforme está em Isaías 14:21 - Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem e possuam a terra...
Entretanto, como o Deus bíblico é um Deus que muda muito de ideia, em Deuteronômio 24:16 e Crônicas II 25:4 - Ele muda e afirma que o filho não deve ser punido pelos pecados do pai. Todo homem tem a culpa somente de suas próprias transgressões. Agora sim, surgiu o Deus de amor, que nos foi apresentando pelo mestre Jesus... Muita paz no caminhar com o nosso irmão Maior JESUS...
A
maior “caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação”:
Emmanuel: Chico Xavier
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Parábola do Semeador
Um
semeador, como fazia todos os dias, saiu de casa e se dirigiu ao seu campo para
nele semear os grãos de trigo que possuía, honrando a Deus com seu trabalho
honesto.
Começou
a semeadura. Enquanto lançava as sementes ao campo, algumas caíram no caminho,
na pequena estrada que ficava no meio da seara. Você sabe que os passarinhos
costumam acompanhar os semeadores ao campo, para comer as sementes que caem ao
chão? Pois, isso aconteceu em nossa história. Alguns grãos caíram à beira da
estrada, e os passarinhos, rápidos, desceram e os comeram.
O
semeador, porém, continuou semeando. Outras sementes caíram num lugar
pedregoso. Havia ali muitas pedras e pouca terra. As sementes nasceram logo
naquele solo, que não era profundo. O trigo cresceu depressa, mas, vindo o sol
forte, foi queimado; e como suas raízes não cresceram por causa das pedras,
murchou e morreu.
Outros
grãos caíram num pedaço do campo onde havia muitos espinheiros. Quando o trigo
cresceu, foi sufocado pelos espinhos e também morreu.
Uma
última parte das sementes caiu numa terra boa e preparada, longe dos
pedregulhos e das sarças. E o trigo ali semeado deu uma colheita farta. Cada
grão produziu outros cem, outros sessenta outros trinta...
*
O
próprio Jesus explicou a Seus discípulos a Parábola do Semeador.
As
nossas almas, filhinho, são comparáveis aos quatro terrenos da história: "o
terreno do caminho", "o solo cheio de pedras", "a
terra cheia de espinheiros" e "o terreno lavrado e bom".
Jesus
é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de
sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos espíritos,
onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bondade para conosco.
E
como procedemos para com Jesus? Como respondemos à Sua bondade? O modo como
damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica
espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa
alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da
parábola.
Vejamos,
então, filhinho:
Quando
alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá
valor, aparecem as forças do mal (os Espíritos maldosos, desencarnados ou
encarnados) e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os passarinhos
comeram as sementes... E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que
ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desinteresse
das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos divinos. O
coração dessa pessoa é semelhante ao "terreno do caminho", aonde
a semente não chegou a penetrar. Um exemplo desse terreno é a criança que não
presta atenção às aulas de Evangelho, ficando distraída durante as explicações.
Ou ainda, a criança que não gosta de ler os livrinhos que ensinam o caminho de
Jesus...
E o
segundo terreno, o pedregoso?
Esse
terreno é a imagem da pessoa que recebe os ensinos de Jesus com muita alegria.
São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, ou as crianças
animadas nas escolas de Evangelho, mas cuja animação dura pouco. Quando surgem
as zombarias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante,
abandona o caminho do Evangelho. Um exemplo para você, filhinho: uma criança
está frequentando as aulas de Moral Cristã numa Escola Espírita. Está
aprendendo os mandamentos Divinos, os ensinos de Cristo, o caminho do bem, da
pureza, da honestidade. Está muito contente com o que está estudando. Sente-se
animada e feliz. Um dia, aparece um colega do colégio ou da vizinhança, dizendo
que o "Espiritismo é obra do demônio", que "os que frequentam
aulas de Evangelho nas escolas Espíritas ficam loucos e vão para o
inferno". E zombam dele sempre que o encontra e lhe põe apelidos
humilhantes. O nosso amiguinho não tem ainda firmeza de fé. Tem medo das
zombarias dos colegas e dos vizinhos, que dizem que "somente sua religião
é verdadeira" e lhe mandam “receber espíritos na rua”. Amedrontado pela
perseguição e pelos motejos, o nosso irmãozinho deixa a Escola de Evangelho,
onde estava começando a compreender a beleza do ensino de Jesus e as bênçãos do
Espiritismo Cristão. Esse menino tinha o coração semelhante ao "terreno
cheio de pedras", onde a planta da verdade não pôde crescer e
frutificar.
O
terceiro solo é a "terra cheia de espinheiros". É o caso das
pessoas que recebem a palavra do Evangelho, mas, depois abandonam o caminho
cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedução das riquezas.
Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos negócios, pelos lucros,
pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. Há também,
no mundo das crianças, exemplos desse terreno. São as crianças que conheceram,
às vezes desde pequeninas, os ensinos de Jesus, mas, depois de crescidas,
preferiram os maus companheiros, as crianças sem Deus, e passaram a
interessar-se somente pelos problemas de dinheiro ou de moda, pelos ídolos do
cinema ou do futebol. Não querem mais nem Jesus, nem lições de Evangelho. Só
pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões, imaginam-se ricos
"quando crescerem"... A princípio, sabiam repartir com os pobres o
seu dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: a caridade morreu nos seus
corações. O mundo, com suas riquezas falsas (que terminam com a morte), seduziu
suas almas e sufocou a plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus
pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes,
de campos de esporte, de concursos de beleza, de grandezas sociais... A
plantinha de Deus foi sufocada pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida
material. E morreu...
O
quarto terreno, "a terra lavrada e boa", é o símbolo do
coração que escuta o Evangelho, procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida.
É a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para
aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para
Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes,
guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e
sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.
O
coração de uma criança verdadeiramente cristã é o bom terreno da
parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem
bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração dessa criança
deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça
sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar,
aprender e servir.
Filhinho,
aí está a Parábola do Semeador. Medite nela. Que você, guardando a humildade de
coração, se esforce para ser, se ainda não o é, o bom terreno, que
recebe os grãos de luz do Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e
bondade.
TAVARES,
Clóvis. Histórias que Jesus Contou. LAKE. Parábola do Semeador: Mateus,
Repassando...
quarta-feira, 15 de maio de 2013
A DOUTRINA DA IMORTALIDADE
A
moderna psicologia
Foi
justamente quando o espírito de negação e de materialidade triunfava no mundo,
e quando esses dois formidáveis exércitos, sacerdotalismo e cientificismo, se
digladiavam e destruíam, com prejuízo para a coletividade, que as Potências dos
Céus se abalaram e o Espírito de Verdade desceu a Terra, para trazer-nos a nova
luz que deveria iluminar os horizontes da nossa Imortalidade!
Então,
uma nova Ciência ergueu-se para enfrentar a Ciência que nega a Religião; e uma
nova Religião bateu às portas dos templos para pedir, aos seus sacerdotes,
contas das suas negações às provas positivas que a Ciência lhes tem oferecido.
O
velho mundo foi abalado em suas bases e as partes litigantes, avelhantadas, sem
recursos para prosseguirem na sua luta, voltaram suas armas contra quem lhes vinha
propor paz honrosa.
O
Espiritismo foi repudiado, caluniado, injuriado pelos obscurantistas anchos do
saber e do poder humanos; mas a Verdade devia triunfar, pois soara no grande
relógio universal a hora das reivindicações sociais! A cegueira de uns e de
outros não poderia privar o desenvolvimento da vidência latente de tantos: a
VOZ DOS MORTOS fez-se ouvir em todos os cantos da Terra e em pouco mais de meio
século o Espiritismo restaurou o Gênio do Cristianismo, ao menos quanto aos
memoráveis testemunhos da sobrevivência humana.
A
par de tantas descobertas e inovações, que vêm transformando nosso mundo num
paraíso, o Experimentalismo Espírita faz reviver, em todos, a certeza da
Imortalidade, cumprindo assim a previsão do Apóstolo dos Gentios, segundo o
qual "a morte será tragada na vitória dos arautos do Ideal Cristão".
E já
não são mais considerações filosóficas, nem floreios de retórica que vêm
exaltar a Doutrina da Vida, mas, sim, a eloquência dos fatos persistentes que
desafiam todas as minuciosas investigações e se submetem aos mais escrupulosos
exames!
Precedendo
a era nova, que o padrão espírita marcou na senda que a Humanidade tem de
trilhar, o Magnetismo concorreu com fortes contingentes para abalar as
barreiras do Materialismo, tão bem amparadas por Ernest Haeckel nos seus
Enigmas do Universo.
O
magnetismo, com os seus fenômenos de sonambulismo, desdobramento da
personalidade e outros de não menor importância, tem deixado patente aos olhos
de todos os que querem ver, a existência do Espírito, quer se trate do Espírito
humano, quer se trate do Espírito do animal, esse mesmo Espírito independente
do corpo carnal.
A
visão a distancia e no interior dos corpos opacos, os fenômenos de bilocação,
de exteriorização da sensibilidade, sobrepujam todos os templos de barro e
academias de pedras, construídos pela imperfeita mão do homem.
O
Animismo, como o denominou Aksakof, por si só explica e demonstra, com lógica
irrefutável e fatos irrefragáveis, a existência da alma, independente das
forças néuricas e cerebrais, e sua ação volitiva apesar da resistência que a
matéria lhe opõe.
Não há que tergiversar: existimos, e nossa
individualidade mantém-se indestrutível, sem que para isso concorram com um
ceitil o fósforo, as circunvoluções cerebrais, ou a cal da carcaça que abriga
nosso cérebro. A memória ai está para testificar esta verdade!
Hoje
podemos dizer: Ego sun, fui et ero! - Existo, existi e existirei!
CAIRBAR
SCHUTEL
GÊNESE
DA ALMA
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Os Serviços do Centro
No desempenho da sua função, o Centro Espírita é,
sobretudo, um centro de serviços ao próximo, no plano propriamente humano e no
plano espiritual. O ensino evangélico puro, as preces e os passes, o trabalho
de doutrinação representa um esforço permanente de esclarecimento e orientação
de espíritos sofredores e de suas vítimas humana que geralmente são comparsas
necessitados da mesma assistência. Muitas criaturas perguntam se os espíritas
não são pretensiosos e orgulhosos, ao se julgarem capazes de esclarecer
espíritos desencarnados. Acham que esse é um serviço dos Espíritos Superiores e
não dos homens. Chegam a fazer cálculos para demonstrar aos espíritas que esse
trabalho é em vão, pois o número de espíritos que podem assistir em suas
sessões é diminuto. Esquecem-se de que toda atividade esclarecedora, em
qualquer campo, vale mais pela sua possibilidade de propagação. A dinâmica da
comunicação é o principal fator da eficiência nesses casos. São muitos os exemplos
históricos nesse sentido, mas nenhum é mais claro que o de Jesus, servindo-se
de um pequeno grupo de pessoas para modificar com seus ensinos, mesmo
deturpados pela ignorância, a face do mundo.
Nas sessões espíritas não se pretende abranger todos os
espíritos necessitados – o que seria impossível – mas cuidar daqueles que estão
mais ligados a nós. A doutrinação de um espírito perturbado é quase sempre o
pagamento de uma dívida nossa para aquele espírito. Se o prejudicamos ontem,
hoje o socorremos. E ele, socorrido, torna-se um novo assistente da grande
batalha pelo esclarecimento geral. Cada espírito que conquistamos para o bem
representa um novo impulso na luta, o acréscimo de mais um companheiro, um
aumento do bem. Devemos sempre lembrar que o bem é contagiante. Se libertarmos
uma vítima da obsessão na Terra, libertamos outra no mundo espiritual que nos
cerca. Essa multiplicação se processa num crescendo, atingindo progressivamente
a centenas de pessoas e espíritos.
Alegam alguns que os espíritos perturbados são assistidos
no próprio plano espiritual. Mas Jesus, por acaso, deixou de assistir aos
espíritos necessitados, aqui mesmo, na Terra? Pelo contrário, os assistiu e
mandou ainda os seus discípulos fazerem o mesmo. A experiência espírita
confirma o acerto do atendimento terreno, demonstrando cientificamente que os
espíritos desencarnados, mas ainda muito apegados às condições da vida
material, precisam de assistência mediúnica para se livrar desse apego. Nas
sessões, como observou o sábio francês Gustavo Geley, a emanação de ectoplasma
forma um ambiente favorável às relações dos espíritos com os homens. Nesse
ambiente mediúnico os espíritos apegados à matéria sentem a impressão de maior
segurança, como se estivessem novamente encarnados. Muitas vezes, nas sessões, Espíritos
orientadores serve-se de um médium para doutrinar mais facilmente essas
entidades confusas. Isso confirma a dificuldade, acentuada por Kardec, que
Espíritos mais evoluídos encontram para esclarecer os inferiores no plano
espiritual. As sessões espíritas de doutrinação e desobsessão provaram sua
eficácia desde Kardec até os nossos dias, enquanto as opiniões contrárias não
se firmam senão em opiniões pessoais, palpites deduzidos de falsos raciocínios,
por falta de real conhecimento desse grave problema.
Os que hoje procuram diminuir o valor e a importância
dessas sessões nos Centros não passam de palpiteiros. Os Centros Espíritas bem
organizados e bem orientados não se deixam levar por esses palpites, pois possuem
suficiente experiência nesse campo altamente melindroso de suas atividades
doutrinárias. Da mesma maneira, os que pretendem que as sessões dos Centros
sejam dedicadas apenas às manifestações de Espíritos Superiores, revelam
egoísmo e falta de compreensão doutrinária. A parte mais importante e
necessária das atividades mediúnicas, mormente em nossos dias, é precisamente a
da prática doutrinária da desobsessão. Trabalhar nesse setor é dever constante
dos médiuns esclarecidos e dedicados ao bem do próximo. O estado de confusão a
que chegou a Psicoterapêutica em nossos dias, e particularmente a Psiquiatria,
exige redobrado esforço dos Centros no trabalho de doutrinação e de
desobsessão. Milhões de vítimas, no mundo inteiro, clamam pelo socorro de
métodos mais eficientes de cura psicoterapêutica, que só o Espiritismo pode
oferecer, graças às suas experiências de mais de dois séculos nesse campo. O
Centro Espírita guarda esse acervo maravilhoso em sua tradição e não pode recuar
diante dos sofismas da atualidade trágica e pretensiosa.
As comunicações dos Espíritos Superiores são dadas no
momento preciso, mesmo em meio do aparente tumulto das sessões de desobsessão. É
muito agradável recebermos comunicações elevadas de Espíritos Superiores, mas
só as merecemos depois de cuidarmos com atenção e abnegação dos Espíritos
Sofredores. Quando recusamos essas oportunidades redentoras os Superiores se
afastam e o campo fica aberto aos mistificadores, como o sabem, muitas vezes
por duras experiências próprias, os que procuram acomodar-se na bênção sem
merecimento.
Os serviços assistenciais à pobreza, prestados pelos
Centros Espíritas, constituem a contribuição espírita para o desenvolvimento de
nova mentalidade social em nosso mundo egoísta. Não basta semear ideias
fraternistas entre os homens; é necessário concretizá-las em atos pessoais e
sinceros. O Centro Espírita funciona como um transformador de ideias fraternas
em correntes de energias ativas nesses planos. Em suas turbinas invisíveis as ideias
se transformam em atos de amor e de dedicação ao próximo. Há os que combate à
esmola, a doação gratuita de ajuda material aos necessitados. Querem a criação
de organismos sociais capazes de modificar o panorama da miséria com recursos
de ensino e encaminhamento dos infelizes a situações melhores. Isso é o ideal,
e muitos Centros e outras formas de instituições espíritas conseguiram fazê-lo.
Mas quando escasseiam recursos e meio de se fazer isso, é justo que deixemos os
pobres à mingua na sua impotência? Há misérias tão cruciantes que têm de ser
atendidas agora, neste momento. Negar auxílio, nesses casos, a pretexto de que
estamos sonhando com medidas melhores é falta de caridade, comodismo disfarçado
em idealismo superior. O Centro Espírita é instrumento de ação imediata e age
de acordo com as necessidades urgentes. Sem o atendimento a essas necessidades,
as vítimas da injustiça social não poderão esperar as brilhantes realizações
futuras.
Como ensinou Kardec, devemos esperar que as utopias se tornem
realidades, para depois as aceitarmos. As pessoas que censuram esse esforço de
ajuda aos necessitados, defendendo ideais de reforma social, alienam-se da
cruciante realidade em que vegetam os que não dispõem de meios para o próprio
sustento. Geralmente esses ideólogos de um mundo melhor que deve surgir por
milagre ou por abalos sociais, acusam os espíritas de alienados, comodistas e
divorciados da realidade, quando, entretanto, são eles que se alienam. O Centro
Espírita não pode se entregar, pois aos seus princípios. Seu objetivo é o bem
de todos e não o desta ou daquela camada da população. A evolução social
depende da evolução dos homens, que constituem e formam os organismos sociais. É
pelo exemplo de fraternidade, e não pela violência, que podemos melhorar o
mundo. A Revolução Cristã não se processou a golpes de violência, mas ao custo
de sacrifício e abnegação, de profundo respeito pela criatura humana. Não
importa se essa criatura é um potentado ou um mendigo. A Revolução Espírita,
que é filha e herdeira da Revolução Cristã, não se faz ao poder precário e
ilusório das armas destruidoras, mas ao ritmo das modificações nas consciências
dos homens, na busca de paz e compreensão para que as atrocidades desapareçam
da Terra. Não podemos apagar fogo com gasolina, nem consertar o mundo com a
substituição de castas no poder.
Os serviços de assistência ao próximo só podem retardar o
avanço da violência, ao mesmo tempo em que aceleram o desenvolvimento moral e
espiritual da Humanidade. É desse desenvolvimento, e exclusivamente dele, que
poderá surgir na Terra uma civilização superior. O Centro Espírita não pode
trocar os seus serviços de amor e fraternidade pelo acirramento das lutas entre
grupos e classes. Ele apela aos valores da inteligência, que através da razão equilibrada
e da compreensão profunda das necessidades humanas, conduzem os homens à
solução e não apenas as tentativas de maiores conflitos.
Um espírita não pode pensar apenas em termos da realidade
imediata. A concepção dialética do Espiritismo não se funda no exame das
contradições superficiais do mecanismo social. Aprofunda-se no exame do dinamismo
complexo das ações e reações dos indivíduos e dos grupos sociais que estruturam
a sociedade. Reduzir toda essa complexidade às manifestações efêmeras dos estágios
evolutivos de uma sociedade é negar ao homem a possibilidade de lutar para
compreender os problemas com que se defronta no processo existencial. Viver e
existir são duas possibilidades do ser que se projeta na encarnação. Nos planos
inferiores dos reinos mineral e vegetal a vida é movimento e sensação, mas nos
estágios intermediários da animalidade se converte em conquista e domínio,
elevando-se no plano hominal à consciência de si mesma da busca da
transcendência. Nesse plano, o ser humano assume a responsabilidade da busca e
só existe realmente superando as fases inconscientes do seu desenvolvimento, na
medida exata em que sabe o que quer e porque o quer.
Esse “o que” e esse “porque” têm então de superar-se a si
mesmo na conquista do “como”, ou seja: de que maneira poderá continuar a
elevar-se. Assim como a conquista material do plano animal se transforma na conquista
do conhecimento de si mesmo e do seu destino transcendente, todas as demais
atividades do homem levam à consciência, o que dá ao ser a sua unidade.
Consciente dessa unidade interna, o homem supera então a multiplicidade da sua
própria estrutura e do mundo. Revela-se nele a centelha divina da sua origem
espiritual. Ele compreende que é espírito e que esse espírito não pode
desfazer-se com a morte, pois a sua essência é indestrutível e eterna. Esse é o
momento espírita da redenção, em que o espírita capta a sua imortalidade em sua
própria consciência e muda a maneira de ser diante do mundo ilusório e transitório.
Desse momento em diante o espírito se integra no Centro
Espírita, liga-se a ele, não como um serviçal, mas como o próprio serviço. A
multiplicidade dos serviços do Centro adquire em sua consciência a mesma
unidade conquistada por esta. Ao mesmo tempo, a visão da unidade existencial, em
que todos os serviços se fundem no serviço único da Humanidade, desperta nele o
sentimento e a compreensão do seu dever único – servir a Deus no serviço ao
próximo.
Tudo o que ele fizer dali por diante, será um fazer
universal, não ligado a ele ou ao Centro, não confinado na sua pessoa e no seu
grupo, nem mesmo restrito ao meio espírita, mas naturalmente extensivo a toda a
Humanidade. Os pioneiros do Espiritismo, a partir de Kardec, todas as grandes
figuras que souberam dar-se ao Espiritismo ao invés de apossar-se dele, fizeram
essa caminhada redentora, passaram por gigantesca odisseia espiritual, temperando-se
nas encarnações sucessivas para reimplantar na Terra a semeadura do Cristo, na
ressurreição do seu Evangelho, da sua Boa Nova em “espírito e verdade”.
Como se vê, o Centro Espírita é realmente um centro de
convergência de toda a dinâmica doutrinária. Nele iniciam-se os neófitos,
revelam-se os médiuns, comunicam-se o Espírito, educam-se crianças e adultos,
libertam-se os obsedados, estuda-se a Doutrina em seus aspectos teóricos e
práticos, promove-se a assistência social a todos os necessitados, sem imposições
e discriminações, cultiva-se a fraternidade pura que abre os portais do Futuro.
A coordenação das atividades de um Centro Espírita bem orientado é praticamente
automática, resultando do clima fraterno em que todos se sentem como em
família, ajudando-se mutuamente. É nessa comunhão de esforços que os espíritas
podem antecipar as realizações mais fecundas. Mas se no Centro se infiltra o
espírito mesquinho das intrigas, das pretensões descabidas, das aversões
inferiores, os dirigentes necessitam de muita paciência e tolerância para
quebrar as arestas e restabelecer a atmosfera espiritual. Nunca, porém, deverão
renunciar aos seus deveres, o que seria uma deserção, a menos que o façam
reconhecendo humildemente os seus erros e continuando no Centro para servir
melhor, em cargos inferiores ou mesmo sem cargos. Nada mais triste do que um
Centro Espírita em que alguns se julgam mestres dos outros, quando na verdade
ninguém sabe nada e todos deviam colocar-se na posição exata de aprendizes. Os
serviços mais urgentes de cada Centro são os de instrução doutrinária de velhos
e novos adeptos, tanto uns como outros carentes de conhecimento doutrinário.
Bem executado esse serviço, todos os demais serão feitos com mais facilidade.
www.autoresespiritasclassicos.com
Herculano
Pires
O
Centro Espírita
Dedicatória
Para
Dadício de Oliveira Baulet
Ciro Milton de Abreu
Que fundaram em Cerqueira César, na Sorocabana, o Centro Espírita Humberto de Campos,
Logo após a morte do grande escritor, pouco depois
ressuscitado na psicografia de
Francisco
Cândido Xavier.
Assinar:
Postagens (Atom)