quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Deus

DEUS
Adoro-te, recôndito Eu do Universo, alma do todo, meu Pai e Pai de todas as coisas, meu alento e alento de todas as coisas. Adoro-te, ó indestrutível essência, sempre presente no espaço, no tempo e além, no infinito. Pai! Amo-te, mesmo quando o teu respiro é dor, porque a tua dor é amor, ainda quando a Tua Lei é sofrer, pois o sofrer que a tua Lei impõe é o caminho das ascensões humanas. Pai! Entrego-me ao teu poder: nele repouso e me abandono, implorando a fonte o alimento que me sustente. Procuro-te nas profundezas onde estás, e de onde me atrais; sinto-te no infinito, aonde não chego, mas de onde me chamas. Não Te vejo e, no entanto, tua Luz quase me deixa cego; não Te ouço e, no entanto, sinto o tom da tua voz; não onde tu te encontras, e mesmo assim te encontro a cada passo; esqueço-te e Te ignoro e, todavia, ausculto-te em todo o meu palpitar. Não sei individuar-Te e, não obstante, gravito em direção a Ti, centro do universo, como gravita em todas as coisas. Potência invisível que reges os mundos e as vidas, tu estás, na Tua essência, acima de toda minha concepção. Que serás tu, sei descrever nem definir, se só o reflexo de Tuas obras me ofusca? Que serás Tu, se já estou aturdido pela incomensurável complexidade desta emanação Tua, pequena centelha espiritual que me anima? O homem Te segue na ciência, Te invoca na dor, Te bendiz na alegria. Mas, na grandeza do Teu poder, como na bondade do Teu amor, estás além, sempre além de todo pensamento humano, acima das formas e da transformação, como um clarão no infinito. No rugir da tempestade está Deus; na carícia do humilde está Deus; na evolução do turbilhão atômico, no impulso das formas dinâmicas, no triunfo da vida e do espírito está Deus, um Deus se limites, que tudo compreende, estreita e domina até mesmo as aparências dos contrários, aos quais encaminha para finalidades supremas. E o ser sobe, de forma em forma, ansioso de conhecer-te desejoso de uma sempre mais completa realização do Teu pensamento, tradução em ato da Tua essência. Adoro-te, ó supremo princípio do todo, na Tua vestimenta de matéria, na Tua manifestação de energia; no inexaurível renovar-se de formas sempre novas e sempre belas. Adoro-te, conceito sempre novo, bom e belo, inextinguível Lei animadora do universo. Adoro-te, ó grande todo, que ultrapassam todos os limites do meu ser. Nesta adoração , aniquilo-me E me alimento, humilho-me e me elevo; fundo-me na grande Unidade e com a grande Lei me coordeno a fim de que minha ação seja sempre harmonia, ascensão, prece e amor...
Livro:A Grande Síntese
Pietro Ubaldi
Repassando...

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